Dieta significa “estilo de vida”. Mas quando precisamos fazer um programa para perda de peso, ele deve estar associado a mudanças comportamentais que irão reequilibrar a ingestão alimentar promovendo balanço energético.
Comumente somos surpreendidos por dietas com baixas calorias, que utilizam 1000 a 1200 calorias diárias e dietas de baixíssimas calorias, dispondo de 500 a 800 calorias diárias. Nos seis primeiros meses, elas promovem maior perda de peso do que as dietas “convencionais”, entretanto há maior chance de reganho. No período de um ano, os resultados conseguidos com os diferentes tipos de “dietas” são muito similares.
Em relação à alimentação, normalmente os programas criam um déficit energético de 500 a 1000 calorias para redução de 500g a 1kg por semana. A melhor dieta é aquela que mais se aproxima do estilo de vida do indivíduo, aos hábitos que possam ser incorporados e que promovam mudanças na alimentação por toda a vida. Não se deve nem considerar dietas já “vetadas” por entidades médicas (SBEM*, ABESO** …), como a “Dieta do HCG”, por exemplo.
Dietas muito restritivas, monótonas e rígidas não são sustentáveis. São utilizadas por um período limitado de tempo e não promovem mudança no comportamento. Com alta restrição energética é impossível atingir as recomendações de macro e micronutrientes. Elas normalmente excluem determinados grupos alimentares e possuem alta correlação com compulsão alimentar e outros distúrbios, oferecendo assim, riscos à saúde.
Qualquer dieta hipocalórica, se sustentada a longo prazo, leva à perda de peso. O sucesso do programa alimentar se dá ao atingir e manter o peso perdido. Não existe alimento, dieta ou exercício mágico que seja “emagrecedor”. É necessário mudança no estilo de vida, adquirir hábitos de vida saudáveis e ter foco nos seus objetivos. Procure profissionais habilitados e que trabalhem em equipe. Não se deixe enganar por promessas tentadoras. Ter uma “boa composição” corporal requer investimento em você.
* Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia
** Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica
Fonte: Eu Atleta [Adaptado] Disponível em <https://goo.gl/4kbxtY>, acesso 24 de novembro de 2017.