Apesar de a galera fitness se preocupar com o intervalo das refeições e ficar de olho no relógio para manter o metabolismo acelerado, alguns especialistas já estão deixando de lado a recomendação de comer de 3 em 3 horas. Estudos do The Institute for Functional Medicine (IFM), por exemplo, já dizem que outras rotinas alimentares são também efetivas para manter esse metabolismo nas alturas.
Então não existe uma regra para a alimentação de todos? “Não existe dieta padrão. Cada ser humano é único e temos que avaliar a bio-individualidade de cada um. Há pessoas que sentem mais fome, outras menos, e por isso é importante avaliar o metabolismo antes de elaborar um plano alimentar”, explica a nutricionista Fabiana Sabatini.
A principal forma de descobrir o que funciona melhor para o seu corpo é escutá-lo. “Precisamos ter consciência da nossa alimentação para saber o que estamos colocando para dentro das nossas células. Costumo dizer que nosso corpo é uma máquina que precisa de nutrientes para estar em perfeito estado. Quando estamos nutrindo as células, o nosso organismo funciona corretamente e conseguimos ter consciência do que faz bem e do que faz mal”, continua a nutricionista.
Para isso, é importante saber o metabolismo basal, que é a quantidade energética necessária para a manutenção das funções orgânicas normais, como respirar, pensar, dormir, falar e comer, e da homeostase de um indivíduo em repouso, num ambiente termoestável.
Metabolismo acelerado
O metabolismo de cada um é diferente, afinal, peculiaridades metabólicas, como o ritmo circadiano e a produção hormonal individuais, levam a um consumo e necessidade de energia distintos.
Existem alguns fatores que afetam a taxa metabólica basal e devem ser avaliados antes de saber se a alimentação de 3 em 3 horas é a melhor indicada, tais como: tamanho e composição corpórea, idade, sexo, estado hormonal, temperatura, ambiente, horário de sono, estilo de vida, alimentação… Tudo isso influencia o relógio biológico e o metabolismo.
“O ritmo circadiano é fundamental para uma boa produção hormonal. Hormônios importantes como leptina (saciedade) e grelina (fome) são regulados com boas noites de sono, assim como a reparação de nossas células e as faxinas de toxinas”, explica Fabiana.
Homens e mulheres também funcionam diferente. Os homens têm mais hormônios que ajudam no aumento de massa magra, como a testosterona. Já as mulheres são reguladas por hormônios como estrogênio e progesterona, que preparam o corpo da mulher para a gravidez, retardando o aumento da massa magra e aumentando a gordura corporal. Deficiências de vitaminas e minerais também podem atrasar o metabolismo basal tanto de homens como de mulheres, assim como sedentarismo, estresse, tabaco e álcool.
Fonte: Ativo.com (Camila Brogliato) – texto adaptado.