Faltam pouco mais de três anos para os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020. Mas, para o ciclista Edson Gilmar, de 20 anos, o continente asiático é logo ali. No entanto, o atleta não quer apenas estar no Japão. Gilmar almeja, também, participar das Olimpíadas em 2024.
Assim como Cayo Oliveira, ciclista que também foi entrevistado pelo Observatório do Esporte, Edson Gilmar também se inspira em Henrique Avancini, representante brasileiro olímpico, para alcançar seus objetivos. Gilmar foi condecorado no “Melhores do Ano” através dos Jogos de Minas Gerais.
Confira a entrevista completa com Edson Gilmar:
Quando e como você decidiu que queria se tornar um atleta?
“Comecei cedo no esporte e com o tempo decidi ser um atleta profissional. O início foi muito difícil por causa da falta de recursos. É um caso que nunca será fácil, mas é o que eu gosto de fazer”
Você tem algum ídolo em quem se inspira?
“Me inspiro no Henrique Avancini, nosso representante olímpico. Eu tenho ele como referência porque é um atleta em destaque no Brasil, tem bons resultados, faz um trabalho muito bom, e uso ele como exemplo. A postura dele é muito diferente. Ele fez um caminho diferente de todo mundo. É meu referencial, mas sei que preciso sair da minha zona de conforto para que eu consiga algo melhor. Ele sempre fez isso e hoje colhe os frutos deste trabalho”
Qual a maior dificuldade você enfrenta no esporte? E como busca a superação?
”O maior desafio que eu tive até hoje foi a questão financeira mesmo. Procuro fazer meu trabalho, tenho um bom acompanhamento, mas a falta de incentivo financeiro é o que mais pesa”
Para você, o que significa o esporte?
“O esporte é meu estilo de vida. Melhoramos como pessoa, bem como nossa saúde. Nós, enquanto atletas, deixamos de fazer atitudes erradas, aprendemos muito mais do que uma pessoa comum. O esporte me dá a oportunidade de conhecer mais coisas, ter outros pontos de vista”
Quais as principais mudanças que o esporte trouxe à sua vida?
“O esporte me proporcionou uma família, saúde, além das amizades. É um meio carinhoso. Tudo isso me motiva”
Quais são suas principais metas para os próximos anos?
“Nesta temporada de 2017 tem o Campeonato Pan-Americano e o Brasileiro. Estou trabalhando a longo prazo para às Olimpíadas de 2020 e 2024”
Qual foi a sensação de ter conquistado o prêmio “Melhores do Ano 2016”?
“É um reconhecimento do que eu fiz. O ano que passou foi muito positivo, uma vez que tinha tudo para ser um ano difícil. Fiquei bem satisfeito quando recebi o convite através da indicação da Federação Mineira de Ciclismo (FMC), já que reconheceram o trabalho que foi feito. Fiquei muito feliz com isso, além da visibilidade para a sociedade, que poderá incentivar”
Quais foram suas principais conquistas?
“Atualmente eu sou o segundo brasileiro no ranking mundial do Sub-23, sou o 11º do continente americano. Fui vice-campeão brasileiro e conquistei o Campeonato Mineiro, além de ter sido vice-campeão mineiro de XCO, entre outros. Participei de uma maratona em dupla com meu pai, em que ficamos em 8º lugar geral, após sete dias de prova. Foi um resultado muito bom, principalmente pela minha idade. Entramos para a história da competição. Disputamos a prova com grandes campeões, inclusive olímpicos.
Um recado para os jovens que queiram praticar o ciclismo ou que estão começando
“Tentem sempre fazer o melhor, mesmo que não seja o melhor para os outros, mas aquilo que você consiga fazer. Seja o melhor em tudo. No esporte, na vida, com a família… acredite sempre que você é capaz. Por isso que digo que o esporte muda as pessoas”