Nascido em Itabirito, Luiz Góis nem sonhava em ser atleta. Foi através da influência da prima e da insistência da mãe, que hoje ele não quer mais deixar a Ginástica.
Tendo Diego Hypólito e Arthur Nory como inspiração, o garoto de 15 anos dá todo o seu melhor para chegar no topo como seus ídolos. E o primeiro passo já foi dado: toda sua persistência lhe proporcionou o prêmio Melhores do Ano 2016, realizado pela Secretaria de Estado de Esportes (SEESP).
Confira a entrevista completa do Observatório do Esporte de Minas Gerais com Luiz Gustavo Góis:
Conte sobre sua história de vida antes da descoberta do esporte?
“Foi minha prima que me influenciou a iniciar no esporte, porque ela já era da ginástica. Antes de entrar, eu era muito calado e muito quieto e não queria fazer nada, então minha mãe me inscreveu no teste. Não passei e fiquei com raiva. Mesmo assim, minha mãe me inscreveu mais uma vez sem que eu soubesse e eu passei. Desde então eu me soltei mais, estou mais liberto”
Quais as principais mudanças que o esporte trouxe à sua vida?
“Eu não saia nem de casa sozinho. Agora eu sou mais liberto, falo mais com as pessoas e tenho menos vergonha. Meu físico e minha saúde também melhoraram muito com o esporte. Eu era muito magrinho, muito pequeno… mudou muito minha vida.”
Qual a maior desafio você enfrentou ou enfrenta no esporte?
“Nunca tem um só. De campeonatos eu ainda tenho um pouco de medo, mas sempre que eu vejo algum desafio e não consigo solucionar, eu tento até o fim para me superar sempre e evoluir.”
Você tem algum ídolo em quem se inspire? Por quê?
“Diego Hypólito e o Arthur Nory. Eles são muito bons e eu sempre assisto as competições de ginástica e vejo vídeos deles, só que nosso centro de treinamento é pequeno e como não temos todos os aparelhos, não dá pra fazer tudo exatamente igual, mas eu me inspiro neles e tento fazer tudo o que eles fazem aqui mesmo, na medida do possível.”
Quais suas principais metas para os próximos anos?
“Como eu estudo o dia todo em Ouro Preto, eu chego em Itabirito às 18h e fica um pouco difícil para treinar. Mas eu dou o melhor de mim para crescer cada dia mais. Ainda mais agora que entramos para a Federação de Ginástica, provavelmente a Prefeitura vai conseguir um lugar melhor para os treinos e assim eu quero evoluir mais para continuar no esporte. Eu não quero mais sair da ginástica.”
Qual a sensação de ter sido premiado no “Melhores do Ano 2016”?
“Nossa, eu fiquei muito feliz quando minha treinadora disse que eu tinha vencido os dois prêmios, um pela ginástica artística e outro pela ginástica de trampolim. Até agora só uma menina da ginástica tinha ganhado, então eu fiquei muito feliz e minha treinadora muito orgulhosa.”
Como alcançou este resultado?
Eu agradeço muito a minha mãe. Se não fosse ela eu não teria chegado lá, porque ela persistiu muito para que eu entrasse. E ao meu esforço também. No início eu nem queria entrar para a ginástica, nunca achei que fosse chegar nesse nível e hoje eu estou aqui. Além disso, tem toda a dedicação da minha treinadora com os alunos, tudo isso.”
Um recado para os jovens que queiram praticar o esporte ou que estão começando.
“Olha, nunca desista. Muita gente está muito tempo na ginástica e ainda não chegou lá, mas persista. Eu, quando comecei não queria fazer nada e não acreditava em mim e com pouco tempo de ginástica já estava em uma boa turma. Se você gosta mesmo do esporte, continue lutando. Se algo não está dando certo, vai melhorar, é só dar o melhor de si”
Observatório do Esporte de Minas Gerais