Canelite, fraturas por estresse e tendinite são verdadeiros pesadelos para quem está acostumado a correr. No verão, entra em cena um inimigo menos preocupante, mas que pode tirar os corredores dos treinamentos por alguns dias: as bolhas nos pés. Mas você sabe como surgem as bolhas na corrida e o que fazer para evitá-las?
As altas temperaturas provocam a dilatação dos vasos sanguíneos, aumentando o atrito dos pés com o calçado e, consequentemente, as chances do aparecimento das bolhas na corrida, explica a dermatologista Natalia Cymrot. O excesso de fricção, aliado à umidade causada pelo suor, pode acarretar o descolamento da camada superficial da pele, a presença de um líquido incolor e até mesmo dor na região.
A especialista recomenda que as bolhas não sejam estouradas, já que o teto do ferimento é o curativo ideal para seu assoalho ter uma cicatrização ideal, impedindo que haja uma infecção: “Se você estoura, não tem nenhuma vantagem e ainda corre o risco de contaminação”, completa.
Caso haja um incômodo que atrapalhe caminhadas do dia a dia ou até mesmo para calçar o sapato, um pequeno furo no local, feito com uma agulha de costura, ajuda a aliviar a dor, mas é importante que o teto seja mantido.
Há, entretanto, algumas formas de diminuir o atrito entre a pele e o calçado, evitando a formação das bolhas na corrida. O primeiro passo é a escolha de um tênis que se adeque bem aos pés e não seja apertado.
Não menos importantes são as meias utilizadas durante as corridas. Tecidos mais ásperos devem ser deixados na gaveta. Em contrapartida, meias com alta composição em poliamida afastam o suor da pele para a parte externa do tecido, ativam a circulação sanguínea e proporcionam mais conforto em relação aos materiais convencionais.
Caso um bom tênis e as meias constituídas por poliamida não sejam suficientes para que as bolhas deixem de ser obstáculos nas provas e nos treinamentos, géis que lubrificam a pele podem afastar as calosidades e o desconforto.
Fonte: Ativo.com