Hoje, dia 03 de novembro de 2020, o Comitê Paralímpico Brasileiro lançou o “Manifesto Paralímpico” para celebrar o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, criado em 1992 pela Organização das Nações Unidas (ONU). A data estimula uma reflexão sobre os direitos da pessoa com deficiência, a conscientização da população sobre a importância do assunto, celebra as conquistas das pessoas deficientes e propõe a inclusão desse grupo na sociedade.
O manifesto tem como objetivo sensibilizar e fomentar uma discussão acerca dos desafios enfrentados por essas pessoas e de que forma é possível transformar os espaços frequentados por pessoas deficientes em espaços seguros, acessíveis e sustentáveis.
O ato contou com a participação de atletas que farão a leitura do manifesto e será divulgado um ensaio fotográfico com nomes da natação como Roberto Alcalde (S6), Maiara Barreto (S3), Gabriel Cristiano (S8), Dayanne da Silva (S6) e Andrey Garbe (classe S9). Os atletas do atletismo serão Daniel Mendes (T11), Verônica Hipólito (T38), Washington Assis (T47) e Raissa Rocha (F56), além da mesa-tenista Jennifer Parinos (9). As fotos estarão disponíveis no facebook e no Instagram da CPB a partir do dia 03.
“Eu amei participar das fotos. Foi uma experiência semelhante à campanha Movimento Paralímpico, que participei ano passado, com enaltecimento do nosso corpo e mostrando que a deficiência é só um detalhe. Essas ações são fundamentais porque despertam na sociedade a questão da igualdade da pessoa com deficiência”, afirmou a nadadora Dayane Silva.
“Não é comum fazer fotos com esse perfil. Normalmente, a gente faz como atleta competindo ou posando com a medalha. Achei bem diferente expor o corpo assim, mas foi natural. Gosto de mostrar que tenho uma limitação e convivo de forma tranquila com ela. Nunca quis esconder a minha deficiência. Sempre notei que as pessoas ficam chocadas ao ver a minha bengala e perceber que eu não tenho visão. Acredito que o mundo é que tem que se adequar às diferenças”, ressaltou Daniel, velocista da classe T11 (para cegos).
“Acreditamos que o esporte é um dos grandes agentes catalisadores para a inclusão das pessoas com deficiência na sociedade em todas as suas dimensões. Por meio dele é possível ampliar a percepção da sociedade em relação às pessoas com deficiência”, afirma Mizael Conrado, bicampeão paralímpico de futebol de cinco em Atenas 2004 e Pequim 2008, e presidente do CPB.
Segundo dados do censo do IBGE 2010, no Brasil existem 45,6 milhões de pessoas que se declaram com deficiência, o que equivale a quase 23% da população.
O decreto via lei nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999, define a deficiência humana como “toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica que gere incapacidade para o desempenho de atividade, dentro do padrão considerado normal para o ser humano”.
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Crédito foto: CPB