A posição de ponteiro no voleibol é uma das mais difíceis da modalidade, já que o jogador precisa receber, defender e atacar. Mas Erick Gustavo assume a responsabilidade e cumpre bem a função dentro de quadra.
O jovem passou por desafios, como a lesão no tendão, por exemplo. Mas, com muita força de vontade, Erick seguiu no esporte e atualmente sonha em defender a equipe profissional do Minas Tênis Clube, em que atua pelo juvenil.
Confira a entrevista completa do Observatório do Esporte de Minas Gerais com Erick Gustavo:
Quando você decidiu se tornar um atleta?
“Eu comecei por meio dos meus pais. Conheci um cara que já atuava no vôlei e ele me apresentou a modalidade. Na época meus pais “me obrigaram”, porque eu não tinha uma ocupação durante o dia. Estudava pela manhã e não fazia mais nada. Minha mãe sempre gostou de esportes e falava para eu ir. Mas depois de três meses, aproximadamente, comecei a gostar e continuei no esporte.”
Você tem algum ídolo em quem se inspira?
“León e Leal (ponteiros oriundos de Cuba). São da minha posição (ponteiro) e possuem as mesmas características que as minhas.”
Qual o maior desafio que você enfrenta no esporte? E como busca a superação?
“Tive uma rutpura do tendão patelar e fiquei sete meses parado, entre tentativas de voltar, até retornar de fato. A lesão estava bem grave. Fiquei parado fazendo fisioterapia. No tempo em que você fica sem jogar, em meio a tantas incertezas, é difícil não pensar no prosseguimento da carreira e como sair daquela situação. Em algumas vezes você pensa em desistir, ou então voltar antes do previsto e agravar ainda mais a lesão.”
Para você o que significa o esporte?
“O esporte significa tudo para mim. Eu agradeço ao esporte por ser quem eu sou hoje. O esporte é um formador de caráter, de opinião. Ele forma a pessoa completamente.”
Quais as principais mudanças que o esporte trouxe à sua vida?
“O esporte me ensinou a ver as coisas de outra maneira. Agora eu enxergo as coisas não tão simples, mas também não tão complicadas. Há sempre a esperança de que as coisas vão dar certo. E houve diferenças físicas também.”
Quais são suas principais metas para os próximos anos?
“Atualmente atuo no time juvenil, mas espero estar compondo a equipe adulta nos próximos anos. A transição é complicada, mas essa é minha meta.”
Qual foi a sensação de ter conquistado o prêmio “Melhores do Ano 2016”?
“Foi muito importante porque mudei de posição e era tudo novo para mim. Mas ter esse reconhecimento impulsiona o querer mais, saber que você está no caminho certo. Isso foi possível graças à dedicação e à disciplina, além dos meus companheiros e treinadores que me acompanharam de perto.”
Quais foram suas principais conquistas?
“Fiz parte da seleção brasileira de base por três anos. Fui campeão juvenil estadual também. Participei de dois Sul-Americanos e um Mundial.”
Um recado para os jovens que queiram praticar o vôlei ou que estão começando:
“Se dediquem porque é um esporte maravilhoso. Quem se dedica colhe bons frutos”