Quem vê os petequeiros passando horas e horas nas quadras dos clubes nem imagina o quanto esse esporte é competitivo. Campeão dos JEMG 2016, o treinador Rogel Mol, de Ponte Nova, dá tudo de si para ver o brilho nos olhos de seus atletas e para que a peteca seja vista da forma mais profissional possível.
Confira a entrevista completa do Observatório do Esporte de Minas Gerais:
Como você começou a ter contato com o esporte?
Meu pai tinha uma escolinha de futebol em um campo da cidade e trabalhou mais de 25 anos na categoria de base. Vendo-o na escolinha, viajando por todo o estado fiquei incentivada mais ainda a ingressar na área.
Já na peteca é porque aqui em Ponte Nova nós jogamos peteca desde criança nos clubes e existem muitas quadras para poder praticar o esporte. Eu quando criança me dei muito bem jogando, isso também foi um incentivo muito grande.”
Há algum técnico ou técnica que seja um grande exemplo para você?
Na peteca, especificamente, não. Mas eu sempre vou assistir aos jogos dos petequeiros antigos da cidade. Eles têm uma paixão muito grande pelo esporte e é legal ver como tratam o esporte da forma mais profissional possível.
Como você avalia as categorias de base atualmente? Podemos esperar novos talentos surgindo nos próximos anos?
Existem muitos clubes profissionais de peteca, mas todos particulares; falta espaço para o público, assim fora desses clubes tradicionais o esporte é visto sempre como algo amador, para lazer. É preciso ter uma visibilidade maior para que a peteca seja vista como uma prática esportiva realmente.
Para você o que significa o esporte?
Para mim é tudo. Meu meio de vida, meu ganha pão. O gosto que eu tenho ao ver os meninos praticando o esporte, sendo campeões, a sensação é a mesma de estar em quadra, esquecendo dos problemas. Eu me sinto realizado pelo treino e alegria deles e não há preço que pague isso.
Qual a sensação de ter sido premiado no “Melhores do Ano 2016”? A que você atribui essa conquista?
Eu fiquei muito feliz! Essa conquista atribuo ao meus alunos, que compraram nossa ideia de incentivá-los a praticar o esporte. Eles compraram a briga, o sucesso deles é o meu sucesso e vice-versa. Eu os incentivo a treinar muito e eles me incentivam a continuar com o trabalho. Eu não teria essa disposição tamanha se não visse o brilho nos olhos deles. Essa nossa ligação eleva muito o nome do esporte.
Quais são as suas principais conquistas como treinador?
Fomos vice campeões do JEMG em 2015 e no ano passado ficamos em primeiro lugar. Das três vezes que fomos com a peteca, sempre ficamos em posições de destaque.
Um recado para os técnicos que queiram iniciar carreira no esporte ou que estão começando.
No início os técnicos novos têm que ter persistência, nada é fácil. Nós sempre temos ideias novas e já queremos chegar ganhando, mas temos que ter em mente que perdemos, às vezes, passamos dificuldades. Os títulos vêm com experiência e maturidade depois de muito treino, muita batalha. Se você tiver persistência e fizer um bom trabalho, você será campeão. Além disso, ouça os técnicos mais experientes, eles têm muito o que ensinar.
Observatório do Esporte de Minas Gerais