Assim como os pivôs devem lutar pelos rebotes no Basquetebol, os atletas também devem lutar para alcançar suas metas. E não foi diferente com o técnico Gilberto Junior.
O profissional, nascido em Belo Horizonte iniciou sua jornada no esporte aos 13 anos, atuando dentro e fora do país, e acredita que com dedicação e persistência qualquer obstáculo pode ser superado para brilhar na carreira.
Confira a entrevista completa do Observatório do Esporte de Minas Gerais com Gilberto Júnior:
Quando você decidiu que queria se tornar um atleta? Como foi o início?
“Eu comecei atuando no basquete há uns 22 anos nas categorias de base. Na época, eu tinha 13 anos. Atuei fora do país e voltei para treinar equipes. Eu sou professor de educação física, então comecei a desenvolver meu trabalho dentro das escolas.”
Há algum técnico, ou técnica, que seja um grande exemplo para você?
“Tive a oportunidade de fazer alguns cursos de basquete na Escola Nacional de Técnicos e gostei muito da trajetória do Barbosa, técnico de basquete feminino, e do Rubén Magnano, técnico da seleção brasileira masculina de basquete.”
Como você avalia as categorias de base atualmente? Podemos esperar novos talentos surgindo nos próximos anos?
“Sim, eu acredito que sim. Infelizmente teve uma proposta aceita do Comitê Olímpico que tirou o Basquete 5×5 das competições escolares, algo trágico para a modalidade. Isso atrapalhará na busca de novos talentos. Mas acompanhei muito o Sub-14 e Sub-17 ano passado e vi muitas promessas. Hoje temos o Raulzinho, como exemplo, além do falecido Fábio Melo, que chegou a jogar na NBA, além de outros que estão atuando na Liga Nacional. Há muitos técnicos em destaque também.”
Para você, o que significa o esporte?
“O esporte para mim é um meio de socialização e hoje é um mercado de trabalho. É uma oportunidade de estarmos fazendo a diferença na vida das pessoas. Conseguimos criar uma qualidade de vida na vida de muitos.”
Qual a sensação de ter sido premiado no “Melhores do Ano 2016”?
“Sinceramente eu fiquei bem envaidecido por ter sido condecorado e senti que o bom trabalho tem valorização.”
Quais são as suas principais conquistas como treinador?
“Em 2012 fomos campeões do Módulo II do JEMG, enquanto vencemos o Módulo I ano passado. Na Federação fomos campeões Sub-13, Sub-14, Sub-15 e Sub-17. Fomos campeões estaduais também, ficamos em segundo lugar no Campeonato Brasileiro. Fui por quatro vezes campeão do JIMI.”
Um recado para os técnicos que queiram iniciar carreira no esporte ou que estão começando.
“Não podem deixar a adversidade vencer. Se pegou algo para fazer, que faça da melhor maneira possível. Não olhe os obstáculos, como a má remuneração, a falta de estrutura… deixem isso paralelo ao trabalho. Desenvolvam o trabalho dando o melhor de si, pois os resultados irão sobrepor isso tudo.”