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Uma situação comum mencionada pelos praticantes de atividades físicas é a mudança que o exercício provoca no apetite e na escolha dos alimentos. Recentemente, um estudo realizado por pesquisadores australianos e publicado na renomada revista científica Medicine & Science in Sports & Exercise, avaliou justamente a interferência do exercício sobre a quantidade e a qualidade dos alimentos escolhidos pelos voluntários, porém adicionando mais uma variável interessantíssima: a possibilidade de se escolher também o exercício a ser praticado.
O estudo avaliou 58 voluntários, homens e mulheres, que foram distribuídos em dois grupos: o grupo cujos avaliados podiam escolher o exercício que iriam praticar, e o grupo que faria o exercício sem a chance de escolha. Porém, ambos tinham o mesmo gasto calórico.
Após a realização dos exercícios, os voluntários puderam escolher livremente num buffet de alimentos variados – saudáveis e não-saudáveis. Apesar dos voluntários reportarem um nível similar de apetite, a autonomia na escolha do exercício resultou numa menor ingestão calórica pós-exercício, com um menor percentual de escolha de alimentos não-saudáveis.
Além disso, os avaliados com opção de escolha reportaram maior percepção de prazer e de valorização do exercício praticado. Esses resultados são muito interessantes, uma vez que reforçam a importância de se permitir que o indivíduo participe ativamente na escolha do programa de atividades físicas o qual se submeterá. Pois, apesar dos inúmeros benefícios que os exercícios promovem sobre a saúde humana, certos comportamentos como a escolha inadequada de alimentos, ou seu consumo excessivo, podem prejudicar seus efeitos positivos.
Fonte: Globoesporte.com / EuAtleta.com