Faltam apenas 5 dias para a abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno PyeongChang 2018, na Coreia do Sul e para falar sobre a preparação Time Brasil, dos investimentos nesses atletas e das expectativas para o evento, o secretário Nacional de Esporte de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Rogério Sampaio, e o presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Paulo Wanderley, participaram no dia 26, de um bate-papo online com internautas no Facebook do Ministério do Esporte.
Nesses últimos quatro anos, por meio de da Lei Agnelo/Piva e da Solidariedade Olímpica Internacional, as confederações de Desportos no Gelo e de Desportos na Neve tiveram aporte aproximado de R$ 17,5 milhões para sua preparação. São investimentos em competições, contratação de técnicos, trainning camps e pessoal de suporte”, explicou Paulo Wanderley, presidente do COB.
Rogério Sampaio lembrou que todos os atletas que estarão nesta edição dos Jogos de Inverno recebem o Bolsa Atleta, programa do Ministério do Esporte. “São R$ 350 mil por ano em média investidos nesse ciclo olímpico. E pela primeira vez temos um atleta na categoria pódio, que é a principal do Bolsa Atleta, que é a Isabel Clark, que está indo à sua quarta participação em Jogos Olímpicos de Inverno”.
O secretário Nacional de Esporte de Alto Rendimento acrescentou que o Ministério do Esporte celebrou, nos últimos anos, convênios com as confederações de desportos no gelo e na neve. “O valor dos convênios com as duas confederações é de aproximadamente R$ 10 milhões, valores que foram usados para viabilizar a participação de atletas em competições internacionais, contratação de equipes multidisciplinares e a construção do centro de treinamento freestyle em São Roque (SP), que é referencia na América Latina”.
O gestor esportivo do COB Bernardo Otero, que também participou do bate-papo online, contou um pouco sobre a logística da delegação brasileira para os Jogos de inverno. “É um planejamento de longo prazo, de um ciclo inteiro. Dentro dessa preparação foram realizadas duas viagens precursoras, as visitas de inspeção. Foram visitadas as instalações esportivas, para entender como seria a mecânica dos Jogos, e reuniões com o Comitê Organizador Local, para debater temas como transporte e logística Já temos uma equipe que acaba de chegar em PyeongChang para montar nosso escritório e também para preparar os quartos e o receptivo. A ideia é que, quando a primeira delegação chegar, que no caso o é o bobsled, no dia 1 de fevereiro, já esteja tudo preparado para eles poderem focar apenas no resultado esportivo”.
Durante o bate-papo, Rogério Sampaio e Paulo Wanderley responderam perguntas enviadas pelos internautas e falaram sobre a importância história de as duas Coreias, a do Sul e a do Norte, unirem as delegações de alguns esportes para os Jogos de Inverno. “Eu me lembro que em 1992 (ano em que foi campeão olímpico como atleta no judô), alguns anos antes o muro de Berlim havia caído e alguns países competiram sob a bandeira dos países independentes. O esporte tem essa capacidade de nos surpreender”, comentou o secretário de Esporte de Alto Rendimento do Ministério do Esporte.
Sobre a expectativa acerca do desempenho brasileiro, o presidente do COB afirmou que o principal é que a preparação dos atletas foi a melhor possível. “A nossa missão é dar chance para que o atleta consiga sua melhor performance. É quase impossível dizermos que teremos essa ou aquela medalha, mas espera-se que esses atletas cheguem bem preparados a esses Jogos”, disse.
Rogério Sampaio lembrou que o Brasil tem evoluído de maneira consistente nos esportes de inverno. “A maior prova disso é o exemplo do bobsled, em que o Brasil ocupava a 71ª posição do ranking mundial e hoje ocupa a 17ª. A patinadora Isadora Williams consegue se manter entre os 30 melhores do mundo há um bom tempo”. O secretário também aproveitou para convidar os brasileiros a torcerem pelos atletas do país. “Jogos Olímpicos são sempre um momento especial, com imagens maravilhosas e momentos marcantes”, disse.
Fonte: Mateus Baeta – Rede do Esporte