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(Foto: Arquivo Pessoal)
“Escolha um trabalho que você ame e não terás que trabalhar um único dia em sua vida”. A frase de Confúcio define bem a vida de Sávio Custódio depois que conheceu o vôlei de praia.
Sávio mora em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte. Mas isso não impede o atleta de exercer a modalidade sob areia. Não significa, também, que o jovem não goste do vôlei de quadra. Pelo contrário. Custódio, inclusive, não descarta trocar o cenário futuramente.
Confira a entrevista completa do Observatório do Esporte de Minas Gerais com Sávio Custódio:
Quando você decidiu se tornar um atleta?
“Eu comecei no vôlei em 2012/2013. No início era por diversão, mas fui tomando gosto e avancei para um nível mais “sério”, principalmente em competições. Foi aí que eu decidi que o hobby seria profissão”
Você tem algum ídolo em quem se inspira?
“Eu gosto muito do estilo de jogo do Bruno Schimidt. É um jogador baixo para o vôlei de praia, mas atua em alto nível através do esforço dele em aprender a jogar”
Qual o maior desafio que você enfrenta no esporte? E como busca a superação?
“Desafio sempre temos, principalmente quem estuda, assim como eu. Não é uma coisa fácil. Tem também a parte financeira. Ainda mais nesses tempos de crise”
Para você o que significa o esporte?
“O esporte tem um significado muito grande para mim. Algo que quero levar para a vida inteira”
Quais as principais mudanças que o esporte trouxe à sua vida?
“Eu era muito fechado, tímido. Digo que o esporte me incluiu na sociedade. É uma arma de inclusão social. Eu aprendi mais no esporte do que em casa”
Quais são suas principais metas para os próximos anos?
“Meus objetivos aqui em Betim vêm mudando. Nós passamos a receber mais investimentos com a nova gestão, porém não disputamos nenhuma competição ano passado. Então passamos a focar no vôlei de praia e meus objetivos cresceram. Mas o vôlei de quadra ganhou força por aqui. E isso confunde minha cabeça um pouco. Gosto da quadra, mas a praia me chama a atenção”
Qual foi a sensação de ter conquistado o prêmio “Melhores do Ano 2016”?
“Foi muito bom. Eu não esperava o prêmio, mas teve um significado muito grande para mim, pois jogo há muito tempo. As vezes você espera uma recompensa material e ela não vem. Mas foi muito bom ser premiado, algo de valor enorme para mim”
Quais foram suas principais conquistas?
“As conquistas, para nós que lutamos muito pelo esporte, vêm todo dia, mas ser campeão do JEMG nos dois anos em que participamos foi muito importante. Conseguimos o terceiro lugar na Copa Minas por dois anos seguidos, o que foi muito valioso para nós, que não recebemos muitos investimentos, que não temos visibilidade. Assim, a dedicação tem que ser muito maior”
Um recado para os jovens que queiram praticar o vôlei de praia ou que estão começando:
“Tem que ter garra, tem que ter vontade. O vôlei pode ser pouco interessante no início, mas você vai gostando, aprendendo. Dificuldade todo mundo tem, mas cada um tem sua força. Temos que lutar por tudo aquilo que queremos”
