Veterano da delegação brasileira nos Jogos Paralímpicos de Inverno de PyeongChang, André Cintra estreou na competição na noite deste domingo, 11 (início de tarde de segunda na Coreia), na prova de snowboard cross, no JeongSeon Alpine Centre. Na fase classificatória, o brasileiro fez o 10º melhor tempo dentre 13 atletas. Nas oitavas de final, porém, caiu diante do japonês Oguri Daichi, após atraso na prova de quase uma hora por problemas técnicos no sistema de largada. André volta a competir nesta quinta, 15, no banked slalom.
O Brasil participa pela segunda vez de uma edição dos Jogos Paralímpicos de Inverno. Além de Andre, estão em PyeongChang Aline Rocha e Cristian Ribera, do esqui cross country. A dupla estreou no sábado à noite, 10, na prova de 12km e 15km, respectivamente, quando Aline terminou em 15º e Cristian conquistou um inédito 6º lugar. Os dois competem de novo nesta terça, 13, à noite.
A prova de snowboard cross deste domingo, 11, contava com cinco etapas. A primeira, classificatória, reuniu 13 atletas de 10 países da classe LL1 (deficiência em membros inferiores e amputações acima do joelho) e serviu para definir os confrontos das oitavas, de acordo com os tempos feitos pelos competidores no trajeto de 925m montanha a baixo. Com a 10º melhor marca (1min18s72), André avançou à etapa eliminatória tendo como adversário o japonês Oguri Daichi, que havia feito o 7ª tempo (1min09s93).
Nas disputas das oitavas, no entanto, um problema no sistema de largada (starter), espécie de portão que é aberto para que os atletas comecem a disputa, atrasou em quase uma hora a bateria de André e do japonês. Resolvido o imbróglio, o brasileiro chegou a largar à frente do adversário, mas, logo na primeira curva, sofreu uma queda que o prejudicou para o resto da curta prova.
“Na descida classificatória, eu fiz um tempo razoável, que dava para melhor nas oitavas. Mas com a confusão com o starter, que eles trocaram umas cinco vezes, ficamos em uma situação de ‘põe a prancha’, ‘tira a prancha’ que acabou desconcentrando”, ressaltou André. “Eu lembrava que tinha um erro na primeira descida que iria corrigir. É uma prova que demora um minuto e que, uma curva mal feita, pode te eliminar. A concentração é importantíssima nestes casos”, lamentou. O ouro ficou com o norte-americano Mark Schultz. Completaram o pódio o holandês Chris Vos e o também norte-americano Noah Elliott, prata e bronze, respectivamente.
Aos 38 anos, André ocupa o posto de atleta mais experiente da equipe do Brasil na Coreia do Sul não apenas pela idade, já que Aline e Cristian tem apenas 27 e 15 anos, respectivamente, mas, sim, porque esta é a sua segunda participação em Jogos. O atleta estreou na neve há quatro anos, em Sochi. Em solo russo, terminou a única prova que disputou, o snowboard cross, em 28º dentre 33 participantes – na época, não havia divisão das classes com amputações acima e abaixo do joelho como em PyeongChang. Na Coreia, ele volta a competir no dia 15, na prova de banked slalom, novidade no programa.
Os Jogos de PyeongChang são o maior da história e reúnem 567 atletas de 48 países, mais os neutros. Além do snowboard e do esqui cross-country, estão no programa nesta edição o biatlo, o esqui alpino, o curling em cadeira de rodas e o hóquei. No total, serão disputadas medalhas em 80 eventos até o dia 18 de março.
Todas as competições têm transmissão ao vivo no site dos Jogos Paralímpicos e no YouTube do Comitê Paralímpico Internacional.
Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro (adaptado)
Disponível em: https://goo.gl/LUTrX8 / Acesso em: 12/03/2018