É propósito deste estudo levantar dados acerca daqueles que se dedicam ao ensino da natação, acerca de sua formação e do seu conhecimento dos métodos de ensino. Pretende, também, indagar se existe, da parte desses instrutores, preocupação em participar de cursos de aperfeiçoamento e interesse pela leitura de periódicos especializados. Investiga-se ainda qual deveria ser o primeiro nado a ser trabalhado, após a adaptação do aluno ao meio hídrico. Foram pesquisados 33% dos clubes, que localizados nas regiões Norte, Sul e oeste da cidade do Rio de Janeiro, oferecem ao público “escolinhas de natação”. Para tanto preparamos um questionário, aplicado àqueles que se dedicam ao ensino da primeira fase do aprendizado. Os resultados, para fins de melhor visualização, foram, primeiramente, computados por região e, em seguida, comparados entre si. Os resultados apontam para a existência de poucos leigos- ou seja, instrutores sem formação em Educação Física – atuando nesse mercado. No entanto, esses mesmos resultados revelam também a existência de problemas no que tange ao conhecimento dos métodos de trabalho, pouca leitura de periódicos especializados em natação e pequeno número de professores com pós-graduação. Outro fato nos chamou a atenção: o primeiro nado a ser ensinado, após a adaptação do aluno ao meio, é sempre o nado crawl, uma preferência unânime, embora os pesquisados não apresentassem qualquer justificativa satisfatória para tal preferência. As conclusões a que chegamos apontam para a necessidade de se oferecer aos professores cursos de reciclagem que abordem os métodos de ensino em Educação Física, e fundamentem teoricamente o processo de ensino e aprendizagem.
Por: Wagner Domingos Fernandes Gomes.
94 páginas. 1997