Os Jogos Paralímpicos de Paris 2024 terminaram no domingo (8); e o Brasil encerrou sua participação com a melhor campanha da história.
A delegação brasileira quebrou recordes paralímpicos, mundiais, de pódios e de medalhas de ouro. O país conquistou 89 medalhas, superando o recorde anterior de pódios, que era de 72 (em Tóquio 2020 e no Rio 2016).
Pela primeira vez na história, o Brasil terminou entre os cinco melhores no quadro de medalhas dos Jogos Paralímpicos. Apenas três países conquistaram mais pódios que o Brasil: China (220), Grã-Bretanha (124) e Estados Unidos (105).
Das 89 medalhas, os atletas brasileiros conquistaram 25 de ouro, 26 de prata e 38 de bronze. Com 25 medalhas de ouro, o Brasil superou o recorde anterior de 22 ouros em uma única edição (Tóquio 2020).
No sábado, dia 7 de setembro, penúltimo dia de competição, o país conquistou 16 medalhas (seis de ouro, três de prata e sete de bronze), estabelecendo um novo recorde de medalhas em um único dia.
Recordes Mundiais e Paralímpicos
Os atletas brasileiros bateram, ao todo, seis recordes mundiais, dos quais cinco foram no atletismo e um na natação:
Atletismo:
- Yeltsin Jacques, com o tempo de 3min55s82 nos 1500m T11;
- Júlio César Agripino dos Santos, com o tempo de 14min48s85 nos 5000m T11;
- Jerusa Geber, com o tempo de 11s80 nos 100m T11;
- Rayane Soares da Silva, com o tempo de 53s55 nos 400m T13;
- Beth Gomes, com 7,82m no arremesso de peso F53.
Natação:
- Gabrielzinho, com o tempo de 3m14s02 nos 150m medley SM2.
O Brasil também superou oito recordes paralímpicos, sendo três no atletismo, um na canoagem, dois no halterofilismo e dois na natação:
Atletismo:
- Claudiney Batista dos Santos, com 46,86m no lançamento de disco F56;
- Beth Gomes, com 17,37m no lançamento de disco F53;
- Jerusa Geber dos Santos, com o tempo de 24s51 nos 200m T11.
Canoagem:
- Fernando Rufino, com o tempo de 50s47 nos 200m VL2.
Halterofilismo:
- Mariana D’Andrea, com 148kg na categoria até 73kg;
- Tayana Medeiros, com 156kg na categoria até 86kg.
Natação:
- Lídia Vieira da Cruz, com o tempo de 38s61 nos 50m livre S4;
- Carol Santiago, com o tempo de 26s71 nos 50m livre S12.
Outros aspectos marcantes em Paris 2024 incluem o pódio em três modalidades inéditas para o Brasil:
- No badminton, Vitor Tavares conquistou o bronze na classe simples SH6;
- No tiro esportivo, Alexandre Galgani conquistou a prata na classe R5 carabina de ar 10m, posição deitado misto SH2;
- No triatlo, Ronan Cordeiro conquistou a prata na classe PTS5.
Cursos de capacitação disponíveis na Escola Virtual do Observatório do Esporte
Com o objetivo de ampliar o conhecimento do paradesporto, a Sedese, por meio do Observatório do Esporte de Minas Gerais, promove dois cursos: a capacitação Paradesporto na Escola – 2ª Edição, desenvolvido pela Subsecretaria de Estado de Esportes (Subesp) e o curso piloto Práticas Corporais para pessoas com deficiência na escola: Direitos e Possibilidades, em parceria com a Associação Mineira do Paradesporto.
O curso Paradesporto na Escola – 2ª Edição tem como público-alvo professores(as) de educação física e tem como intuito capacitar os profissionais a fim de faciliar o processo de inclusão dos(as) estudantes com deficiência nas aulas e prática de modalidades paradesportivas escolares.
A capacitação é dividida em três módulos que abordam a contextualização histórica do paradesporto, a prática da educação física escolar inclusiva e as possibilidades do paradesporto.
Já o curso piloto Práticas Corporais para pessoas com deficiência na escola: Direitos e Possibilidades tem como público-alvo gestores(as) esportivos(as) municipais, professores(as) de educação física e demais profissionais e agentes da comunidade esportiva.
O curso visa a capacitação dos profissionais do Estado de Minas Gerais para desenvolver práticas corporais no contexto do paradesporto, inclusive, no âmbito escolar.
A formação é dividida em quatro módulos que contemplam os aspectos legais e históricos da pessoa com deficiência no Brasil, o conceito de deficiência, a aplicação do paradesporto no âmbito escolar e as barreiras e facilitadores para a prática paradesportiva inclusiva.
As capacitações são autoinstrucionais, ou seja, o cursista deve acessar os conteúdos de acordo com seu próprio ritmo de aprendizagem e disponibilidade.Ambas estão disponíveis integralmente na modalidade à distância, via internet, por meio do ambiente de aprendizagem virtual da Escola Virtual do Observatório de Minas Gerais.
CPB, disponível em: https://cpb.org.br/noticias/confira-todos-os-medalhistas-brasileiros-nos-jogos-paralimpicos-de-paris-2024/. Acesso em 09 de setembro de 2024.
CPB, disponível em: https://cpb.org.br/noticias/com-desfile-de-encerramento-brasil-finaliza-melhor-campanha-da-historia-em-jogos-paralimpicos/. Acesso em 09 de setembro de 2024.
Curso “Paradesporto na Escola – 2ª edição”, disponível em: https://ead.observatoriodoesporte.mg.gov.br/course/view.php?id=33. Acesso em 21 de agosto de 2024.
Curso piloto “Práticas Corporais para pessoas com deficiência na escola: Direitos e Possibilidades”, disponível em: https://ead.observatoriodoesporte.mg.gov.br/course/view.php?id=36. Acesso em 21 de agosto de 2024.