A declaração veio após a descoberta do caso de assédio envolvendo o treinador Fernando de Carvalho Lopes
A Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) publicou uma nota comunicando que adotará providências urgentes para a avaliação do recente caso de assédio sexual envolvendo a instituição.
A ação veio um dia após o programa Fantástico veicular uma reportagem onde contava as denúncias feitas por atletas ao técnico Fernando de Carvalho Lopes. Os entrevistados disseram ter sido vítimas de abusos morais e sexuais feitos pelo treinador durante o período em que treinavam no Movimento de Expansão Social Católica clube de São Bernardo do Campo que trabalha com as categorias de base de ginástica. Os atletas também acusaram o atual coordenador-chefe da seleção brasileira de ginástica, Marcos Goto, de ter sido conivente com o comportamento do outro treinador.
A CBG também esclareceu que possui diversos programas de combate ao assédio. Um deles é um termo de cooperação firmado com o Ministério do Trabalho, com o intuito de traçar diretrizes para ajudar a prevenir e punir casos como este. O documento, assinado no dia 25 de abril, propõe a criação de diversos mecanismos, como canais eficazes para denúncias, regras de conduta e rodas de debate tratando do tema.
A entidade também informou que irá ouvir o coordenador-chefe da seleção de ginástica acerca das acusações.
Marcos Goto publicou uma nota sobre o assunto dizendo que
“Os fatos narrados nessa matéria, que ocorreram há mais ou menos 12 anos, como foi dito por vários declarantes, os fatos eram tratados como boatos e podem ter gerado algum tipo de gracejo na época por muitos envolvidos na ginástica, inclusive entre os próprios atletas oriundos de São Bernardo do Campo, acolhidos por mim em São Caetano do Sul. Tanto parecia boataria que alguns atletas, alguns inclusive ouvidos na matéria, retornaram a treinar em São Bernardo com o mesmo treinador aqui dito” [1].
Observatório do Esporte de Minas Gerais