Planejamento e disciplina ajudam a transformar a carreira.
É natural do ser humano fazer planos. No começo de cada ano, então, são inúmeras as resoluções que pregam a conquista da casa própria, do amor da vida, da perda de peso, da mudança de emprego, entre tantas outras metas que nos colocamos e que, muitas vezes, são deixadas pelo caminho para uma próxima oportunidade. Para fazer de 2014 um ano diferente, a neurocoach, consultora e palestrante Marynês Pereira dá dicas de como se programar, mês a mês, para transformar a carreira e alcançar o sucesso desejado.
Organização é a palavra de ordem ao profissional de educação física em 2014
Para traçar uma estratégia de vitória é preciso ter visão de longo prazo e fazer um planejamento, determinado aonde se quer chegar e quais passos devem ser dados para alcançar esse objetivo. “É como um GPS, que traça a rota e podemos escolher como chegar no destino: pelo caminho mais longo ou pelo mais curto. A pessoa que sabe o que quer, que tipo de cliente quer atender e que se organiza, pega atalhos e leva meses para chegar ao destino, enquanto quem não se planeja pode levar anos”, exemplifica Marynês.
Profissional de educação física deve ser disciplinado
A disciplina também é importante para chegar aos objetivos traçados, em especial para os profissionais autônomos, como os personal trainers. Isso porque, segundo a neurocoach, não faz parte da cultura nacional o empreendedorismo e muitas pessoas acabam desistindo de seguir numa carreira por conta própria. “Ter uma agenda pra se estabelecer, marcar a hora que vai acordar, se alimentar, estudar, atender os clientes e programar o dia seguinte ajuda a chegar aonde se quer.”
Calendário do sucesso para o profissional de educação física
Embora não exista receita pronta para o êxito, Marynês diz que definir o que se quer, qual é o seu sonho, é o primeiro passo a ser tomado. “Tem que perguntar o que eu quero conseguir ao final de 2014 e programar o GPS da vida. ‘Quero ir a tal lugar’, ‘quero ter tanto de dinheiro’. Não adianta planejar mil coisas porque a maioria das pessoas concretiza apenas uma. Tem que ser factível e começar pelo fim do caminho”, determina.
Ao definir o objetivo, vem a etapa da “regressiva”, ou seja, pergunte-se que, para estar com R$ 500 mil na conta no fim do ano, o que deve ser feito em novembro, em outubro, mês a mês até chegar em janeiro para saber o que tem de ser feito para atingir tal objetivo, quanto tem de ser economizado, quantos clientes devem ser conquistados para que a “rota” seja “traçada”. E não para por aí: “depois que tem tudo destacado, organizado, cursos, ganhos e o que precisa ser feito no mês, é hora de destacar o que tem de ser feito mensalmente e dia a dia, porque o cérebro precisa de metas a curto prazo. As de longo prazo, ele ignora. Por isso as pessoas não atingem suas metas”, ensina Marynês.
Profissional de educação física deve seguir três passos em direção ao sucesso:
– escrever os objetivos para que o cérebro grave-os;
– tornar o objetivo um “compromisso público”, ou seja, contar para amigos e parentes sobre ele para que o cérebro entenda e se motive a alcançar a meta;
– coloca-las num mural para visualizar diariamente o que tem de ser feito no dia seguinte.
“Tem que acompanhar as três tarefas que devem ser feitas no dia seguinte para que dê certo o objetivo que quer alcançar. Se só fiz uma em um dia, acumulam duas para o dia seguinte. A pressão é diária e precisa de perseverança”, orienta a neurocoach.
A programação cerebral é importante porque, caso as tarefas se acumulem e se torne difícil cumpri-las, a pessoa se desmotiva e acaba abandonando o plano. “A possibilidade de fracasso é tão grande que, por mecanismos de defesa do cérebro, ele prefere abandonar o objetivo do que constatar que falhou.”
Domínio cerebral é um grande aliado do profissional de educação física
Ao saber como o cérebro funciona, podemos evitar as sabotagens, dominando o pensamento diariamente para que ele não entre no piloto automático, caso contrário, o cérebro vai fazer com que o profissional adoeça, fique de cama, tenha de faltar a um compromisso, não possa cumprir uma tarefa para evitar um “sofrimento”. Segundo Marynês, esse “sofrimento” é entre aspas mesmo porque ao estabelecer um objetivo, precisa-se abrir mão de outros desejos, fazer escolhas e determinar prioridades e ninguém quer abrir mão de algo que quer. O cérebro se organiza inconscientemente e se não monitorar a meta todos os dias, o plano não dá certo.
“Metas têm a ver com sonhos, paixões, o que você quer pra vida e, assim que você estabelece o que te dá prazer o que te faz sair da cama feliz, você tem a certeza de que é a meta certa. Se colocar na vida o objetivo de outra pessoa, você adoece, busca justificativas, falta, é um sacrifício e tudo dá errado.”
A ideia de que o “universo conspira a favor” se torna realidade porque, ao fazer algo que se quer, as portas se abrem, a mente fica feliz, o cérebro adquire uma intuição maior e torna-se mais fácil visualizar as oportunidades que a vida oferece. Quando o objetivo traçado é ruim, o profissional fica irritado, doente, o cérebro inunda de cortisol, que é um neurotransmissor que te fecha, te blinda para o mundo e você não vê as chances.
Por Jornalismo Portal EF