Terminou nesse domingo (30), em Belo Horizonte, o V Congresso Paradesportivo Internacional, organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e pela Academia Paralímpica Brasileira (APB) com apoio institucional da Secretaria de Estado de Esportes (SEESP).
O evento, aberto na quinta-feira (27), reuniu 1.247 pessoas das cinco regiões do país. A programação contou com cinco conferências, 12 minicursos e 12 mesas-redondas sobre diferentes eixos temáticos relacionados ao esporte paralímpico, com participação de 50 palestrantes nacionais e internacionais. Além disso, 151 trabalhos científicos foram apresentados em formato oral ou de pôster.
O número expressivo de participantes, de acordo com a organização, reflete, principalmente, a realização dos Jogos Rio 2016: “Há pouco mais de um mês, o Rio de Janeiro recebeu os Jogos Paralímpicos. Para muitos, a competição serviu como descoberta do movimento, que é a razão de existir do Congresso. Este é um momento único e não poderia haver oportunidade melhor para discutirmos temas relevantes ao esporte paralímpico”, ressalta o presidente do CPB, Andrew Parsons. Ele ressaltou ainda a importância dos parceiros para a realização da quinta edição do evento como o Ministério do Esporte, a Universidade Federal de Minas Gerais e a Secretaria de Estado de Esportes de Minas Gerais (SEESP/MG).
Entre os temas abordados no Congresso estiveram o treinamento de alto rendimento, formação de profissionais, avaliação no esporte, classificação funcional, gestão esportiva, detecção de talentos e formação de jovens atletas, lesões e reabilitação, inovações tecnológicas, recursos ergogênicos, doping e psicologia.
Segundo Alberto Martins da Costa, coordenador da APB, a edição 2016 contribuiu para a consolidação do Congresso na comunidade científica: “Tivemos recorde de inscrições e, principalmente, muita qualidade nos trabalhos, nas conferências, nos mini-cursos e na infraestrutura. Não deixamos a desejar em relação a nenhum outro evento científico”, ressaltou.
Foi a segunda vez que Minas Gerais recebeu o Congresso Paradesportivo Internacional. Em 2011 o evento foi realizado em Uberlândia. As outras edições aconteceram em Campinas, Natal e Florianópolis em 2010, 2012 e 2014, respectivamente. Marcado para 2018, o próximo encontro será sediado em São Paulo (SP), no Centro de Treinamento do CPB.
Destaques dos trabalhos
Os 151 trabalhos apresentados foram divididos em dez áreas temáticas, que englobaram o esporte de rendimento, lazer, formação, científico, social e educacional. Essas temáticas foram detalhadas nos anais do evento.
No tema “Detecção de Talentos e Formação de Jovens Atletas Paralímpicos”, foram ressaltadas as ações realizadas pelo município mineiro de Ponte Nova, na região Caparaó, que tem investido recursos financeiros e humanos na iniciação esportiva de crianças e adolescentes. Já em “Gestão no Esporte Paralímpico”, uma apresentação de pôsteres analisou a interferência do programa federal Bolsa-Atleta, durante os Jogos Parapan-Americanos de Toronto (2015).
Concluiu-se que a iniciativa colaborou nas conquistas dos atletas brasileiros, uma vez que 98,8% deles já havia recebido o benefício pelo menos uma vez na carreira. Em consonância com o Governo Federal, a versão estadual do mecanismo também apoiou alguns dos 24 atletas mineiros que participaram dos Jogos. Eles foram responsáveis por 29 das 257 condecorações da delegação nacional, que alcançou seu melhor resultado na história.
O material foi destinado aos profissionais das áreas da saúde, educação física e gestão, com objetivo de incentivar melhorias no desporto paralímpico brasileiro. Para acessá-lo, clique aqui.
Fonte: SEESP