Natação, triatlo, corrida de rua, polo aquático, futebol e basquete. Guilherme Pussieldi, com 30 anos de carreira, já passou por todas essas modalidades antes de se tornar treinador de ciclismo BMX.
O técnico também comandou a Seleção Brasileira de Ciclismo BMX e esteve à frente da equipe na Rio 2016, mas agora os 30 anos de carreira estão a serviço do filho, Pedro Pussieldi, cuja entrevista você confere aqui. Guilherme já possui vários planos para Pedro nos próximos anos. Quer saber quais?
Confira a entrevista completa do Observatório do Esporte de Minas Gerais com Guilherme Pussieldi:
Como você começou a ter contato com o esporte?
“Eu já nasci fazendo esporte. Lá em casa todos praticavam. Eu sofri uma fratura no braço e entrei na natação para estimular. Comecei a fazer educação física e logo no meu primeiro ano ministrei treino de natação. Também trabalhei com triatlo, corrida de rua, polo aquático, futebol e basquete. Mais tarde comecei no ciclismo. Em 2006 fui convidado para acompanhar uma equipe do BMX de Betim. Até então nunca havia dado treino de BMX. Três anos depois, a Seleção Brasileira convidou-me para assumir o comando técnico, mas após os Jogos Olímpicos do Rio saí para me dedicar a meu filho, que está com idade olímpica. A meta é que o Pedro entre na seleção juvenil para que nas Olimpíadas de 2024 esteja disputando. Ao todo, tenho 30 anos de carreira.”
Há algum técnico, ou técnica, que seja um grande exemplo para você?
“Eu me inspiro no Bernardinho e em Jesús Morlán, técnico da seleção brasileira de canoagem. No caso do Bernardinho, eu me inspiro no tipo de trabalho que ele faz, nos resultados. No Morlán, em pouco tempo ele conseguiu revolucionar a canoagem brasileira.”
Para você o que significa o esporte?
“O esporte é minha vida. Sem ele eu não vivo.”
Como você avalia as categorias de base atualmente? Podemos esperar novos talentos surgindo nos próximos anos?
“Podemos esperar novos talentos sim. Os técnicos estão bem preparados e os trabalhos estão saindo. A qualidade dos treinadores está melhorando e isso está favorecendo para que nos próximos anos surjam novas promessas, apesar das dificuldades financeiras do país. Eu acredito em um grande potencial olímpico nos próximos anos.”
Quais são suas principais conquistas como treinador?
“Já fui vice-campeão e campeão Mundial, também conquistei o Pan-Americano. Isso tudo no BMX. Já na natação, fui campeão Pan-Americano e vice-campeão Mundial.”
Qual a sensação de ter sido premiado no “Melhores do Ano 2016”?
“Achei muito legal. É bacana esse tipo de trabalho que vocês vêm fazendo, pois valorizam os profissionais. Tanto os mais velhos quanto os que estão começando. Isso ajuda a manter essas pessoas na carreira, pois é difícil manter. O mercado é muito restrito, os recursos são poucos, e os caras acabam saindo.”
Um recado para os técnicos que queiram iniciar carreira no esporte ou que estão começando.
“O caminho é duro e árduo, mas temos que ter dedicação e muita postura ética, que aí o resultado vem.”