O judô vem se consolidando como um dos esportes mais populares do país. Pessoas como Jefferson Rocha estão ajudando isso acontecer. Afinal, o técnico dá aula para, aproximadamente, 300 alunos.
O amor pelo esporte vem desde a infância. Jefferson atualmente dá aula na Cidade dos Meninos, em Ribeirão das Neves, e foi premiado por duas vezes consecutivas no “Melhores do Ano”.
Como você começou a ter contato com o esporte?
“Eu comecei em 2015 na Cidade dos Meninos, em Ribeirão das Neves. Eu era aluno da instituição quando comecei o judô. Quando fiz 18 anos comecei a trabalhar, nessa mesma época o meu antigo professor saiu, foi quando a própria instituição me chamou para dar aula, por aluno destaque. A partir de então eu montei uma equipe com os meninos.”
Existe algum técnico, ou técnica, que seja um grande exemplo para você?
“Tem sim, o Sensei Gleison, do Judô Sem Fronteiras, da UFMG. Gosto da forma que ele motiva os alunos. Ele também é sete vezes campeão de judô, seus conceitos são muito bons.”
Como você avalia as categorias de base atualmente? Podemos esperar novos talentos surgindo nos próximos anos?
“Podemos esperar vários talentos, mas precisamos de apoio. Não adianta ter talentos e não ter apoio do Governo, que tem que estar do nosso lado sempre. Nós, de classe baixa, temos muitas dificuldades para conseguir recursos para disputarmos competições. Aqui mesmo temos muitos atletas que poderiam estar nas seleções de base, mas o que falta mesmo é o recurso, trabalho com 300 alunos e todos têm talento e dedicação.”
Para você, o que significa o esporte?
“O esporte representa saúde, é um meio socialização e serve para o jovem sair de coisas ilícitas, como drogas e criminalidade. Uma grande oportunidade.”
Qual a sensação de ter sido premiado no “Melhores do Ano 2016”?
“Eu fui premiado pela primeira vez em 2015. Nem acreditei quando vi meu nome, foi uma satisfação muito grande, sensação de reconhecimento. Por mais que a gente tenha pouca idade, é importante ter esse reconhecimento. Trabalhei muito para chegar. Através da raça e da vontade conseguimos., dessa forma consegui ser campeão novamente em 2016, tanto com a equipe feminina quanto com a masculina.”
Quais são suas principais conquistas como treinador?
“Copa Betim, bi-campeão do JEMG, tanto no feminino quanto no masculino. Fui vice-campeão e terceiro colocado também. Ganhamos também os Jogos Escolares Estudantis e a Liga Mineira de Judô. No Campeonato Mineiro ficamos na 5ª colocação.”
Um recado para os técnicos que queiram iniciar carreira no esporte ou que estão começando.
“Como o judô é um dos esportes mais difíceis de ser ensinado, insistam. Não desistam no primeiro obstáculo. No esporte vamos encontrar diversas barreiras, mas é apenas acreditar no trabalho que está sendo feito e ter dedicação.”