De Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, para o mundo! Este é o panorama da vida de Terezinha Guilhermina, que estará nas pistas de corrida dos Jogos Paralímpicos do Rio 2016, em busca de medalhas. E disso ela entende, afinal, já são seis no currículo. Guilhermina, inclusive, se tornou a atleta mais veloz do mundo na sua categoria. Bagagem suficiente para participar de sua quarta paralimpíada da carreira.
Terezinha quase foi parar na natação, pois não tinha tênis para correr. Ganhou um par da irmã e partiu para sua primeira pista de atletismo. Ficou em segundo lugar na primeira prova disputada, ganhando, na ocasião, 80 reais. Realizou o sonho de tomar iogurte e passou a acreditar que poderia alcançar patamares maiores. Disputou sua primeira corrida fora de Minas Gerais, foi convocada o Pan-Americano em 2001, na Carolina do Norte e passou a integrar a seleção brasileira.
Em sua primeira competição paralímpica, Terezinha teve que dormir no chão e por muitas vezes substituiu o almoço por lanche. Muitas provas eram canceladas em cima da hora, fazendo com que a expectativa após treinamentos, fosse transformada em frustração. Mas a atleta não desanimou e o esforço acabou sendo recompensado em 2012, quando ganhou o ouro nos 100m, batendo o recorde na modalidade e vendo seu nome ser escrito no Guiness Book. Guilherme Santana, seu guia, havia caído e se machucado uma noite antes, na final dos 400m. Mas se superou e foi fundamental na conquista olímpica.
Exemplo de humildade, simpatia e perseverança, Terezinha se prepara para a sua quarta participação em Jogos Paralímpicos. E agora, será diante de sua pátria. Um gosto de vitória tão especial quanto o primeiro iogurte.
Com informações do Esporte Essencial