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A atividade física é importante para o pleno desenvolvimento humano e deve ser praticada em todas as fases da vida e em diversos momentos. Além de apresentar inúmeros benefícios para a proteção e prevenção de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs), a prática também tem influência positiva nos aspectos psicológicos e sociais. Isso porque muitas atividades coletivas incentivam a socialização, sendo esse um elemento importante para todos, principalmente para crianças e adolescentes, como parte da formação, assim como é um poderoso estímulo para pessoas idosas.
Diante disso, o Ministério da Saúde lançou recentemente o primeiro Guia de Atividade Física para a População Brasileira. A publicação incentiva ainda mais a prática regular e, principalmente, mostra que manter uma vida ativa pode ser mais simples que parece. Dividido em oito capítulos, o Guia aborda a prática de atividade física em diversos contextos, grupos e ciclos de vida, além de trazer recomendações sobre a quantidade, a intensidade e exemplos de atividades aeróbias, de força e de equilíbrio, além de indicações para um estilo de vida ativo. No documento são apresentadas informações e recomendações específicas para crianças de até 5 anos, crianças e jovens de 5 a 17 anos, adultos e idosos, gestantes e mulheres no pós-parto, pessoas com deficiência e para a educação física escolar.
Atividade Física x Exercício Físico
Logo no início, o leitor encontra a resposta para uma dúvida muito comum: qual é a diferença entre atividade física e exercício físico? De acordo com o Guia, os exercícios físicos também são exemplos de atividades físicas, mas se diferenciam por serem atividades planejadas, estruturadas e repetitivas com o objetivo de melhorar ou manter as capacidades físicas e o peso adequado, além de serem prescritos por profissionais de educação física. Ou seja: todo exercício físico é uma atividade física, mas nem toda atividade física é um exercício físico.
Em contrapartida, é possível praticar atividade física ao se deslocar de um lugar para outro, durante o trabalho ou estudo, ao realizar tarefas domésticas ou durante o tempo livre. Esses comportamentos envolvem os movimentos voluntários do corpo, com gasto de energia acima do nível de repouso, promovendo interações sociais e com o ambiente. Isso reforça que ter um estilo de vida mais ativo pode ser simples e acessível, sem estar limitado a alguma modalidade ou local específico para a prática de atividade física.
Quanto mais cedo começar, melhor!
Uma vida ativa promove benefícios para todas as idades e vale para todo mundo. Mesmo em intensidades mais baixas, essa prática é bem-vinda. Afinal, fazer qualquer atividade física é melhor do que não fazer nada. E, levando em consideração que a infância é um importante período de desenvolvimento físico, psicológico e social , quanto mais cedo a atividade física é incentivada e se torna um hábito na sua vida, maiores os benefícios para sua saúde.
Os benefícios que a prática da atividade física traz para a saúde são diversos: o controle do peso; a diminuição da chance de desenvolvimento de alguns tipos de cânceres e de algumas doenças crônicas, como diabetes, pressão alta e doenças do coração; a melhora da disposição; e a promoção da interação social. Além disso, a atividade física faz bem para a saúde mental e tem uma importante atuação na melhora do sistema imunológico, fatores relevantes nesse contexto de pandemia.
Atividade física a qualquer hora e lugar
O principal objetivo da publicação é estimular a adoção de uma vida mais ativa para a população brasileira, de maneira acessível, por isso; o Guia demonstra como é possível que a atividade física faça parte do dia a dia. Como falado anteriormente, a atividade física pode ser praticada em quatro domínios das nossas vidas: no tempo livre; no deslocamento; nas atividades do trabalho ou dos estudos; e nas tarefas domésticas.
No tempo livre: é a atividade física feita no tempo disponível ou no lazer, baseada em preferências e oportunidades. Vale caminhar, correr, soltar pipa, dançar, nadar, fazer trilha, pedalar, surfar, pular corda, jogar futebol, taco/bete, frescobol, praticar ginástica, musculação, hidroginástica, artes marciais, capoeira, yoga, ou participar de brincadeiras e jogos, entre outras práticas ativas.
No deslocamento: é a atividade feita como forma de deslocamento ativo para ir de um lugar a outro. Vale caminhar, manejar a cadeira de rodas, pedalar, remar, patinar, andar a cavalo, de skate ou de patinete (sem motor), entre outras modalidades de deslocamento.
No trabalho ou estudo: é a atividade feita para desempenhar funções laborais ou de estudo. Vale plantar, capinar, colher, pedalar, limpar, varrer, lavar, ordenhar, carregar objetos, participar das aulas de educação física, brincar no recreio ou intervalo entre as aulas e, também, antes ou depois das aulas, entre outras práticas.
Nas tarefas domésticas: é a atividade feita para o cuidado do lar e da família. Vale cuidar das plantas, cortar a grama, fazer compras, dar banho na criança, no idoso, na pessoa que requer cuidados ou no animal de estimação, varrer, esfregar ou lavar, entre outras atividades.
Disponível em: Ministério da Saúde. Acesso em 17/05/22.
