Belo Horizonte recebeu, na última semana, o Museu itinerante “Se Prepara Brasil: O Caminho do Esporte até o Rio de Janeiro”, iniciativa de um banco privado, com o objetivo de levar o espírito olímpico às cinco regiões do País e preparar a população para o maior evento esportivo mundial. O Observatório do Esporte de Minas Gerais conferiu de perto o rico acervo que traduz a história esportiva.
Dividido nas seções História, Esportes, História Brasileira, Curiosidades e Rio 2016, o museu ofereceu ao público mineiro mais de 100 peças dos acervos do Comitê Olímpico Internacional (COI), Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e Comitê dos Jogos Rio 2016. Dentre os objetos, destacam-se as réplicas das medalhas de prata e bronze dos Jogos Olímpicos de Atenas, em 1896, e da carta do Barão de Coubertin, criador dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, na qual, em 1913, aparece pela primeira vez a imagem dos aros olímpicos.
Além disso, foram expostas Tochas Olímpicas, pictogramas e medalhas de diversas edições, como por exemplo, Atenas 2004 e Londres 2012, assim como imagens de atletas brasileiros e internacionais, entre elas a equipe de tiro do Brasil nos Jogos da Antuérpia, em 1920, primeira vez que o país disputou o evento esportivo. O público também pôde ver de perto o quimono usado pelo judoca Flávio Canto, em 2004, quando disputou o bronze pelos meio-médios. A camisa usada pela jogadora de vôlei Leila, na disputa também do bronze, em 1996, foi bastante visualizada pelos presentes.
O museu também proporcionou interatividade ao público. Vários telões foram expostos ao longo da carreta, transmitindo histórias de superação e de luta durante as edições passadas dos Jogos Olímpicos. Um dos casos foi do estudante Eric Moussambani, que, em 2000, representou a Guiné Equatorial na natação. O jovem, com 22 anos na época, nunca havia entrado em uma piscina olímpica, mas foi convocado às pressas pela sua nação. O nadador ficou em último lugar, com um tempo de 1m52s72, mas o dado é superficial, já que sua força de vontade foi destaque no mundo inteiro.
Além dos telões, totens informativos foram instalados, sendo que em cada um deles, o público pôde selecionar um determinado esporte e saber mais sobre. No entanto, um painel informativo sobre os locais de prova foi o destaque na interação. Na ocasião, as pessoas tiveram acesso aos esportes que serão disputado nas quatro regiões de prova no Rio de Janeiro (Deodoro, Barra, Maracanã e Copacabana), assim como nas cidades do futebol (Belo Horizonte, Brasília, Manaus, São Paulo e Salvador).
Na visão de uma das curadoras do espaço, Maria Eugênia Saturni, um dos pontos mais interessantes do projeto, e que o torna inovador, é o fato de o Museu ir até o público: “O objetivo é propiciar um ambiente em que o público entenda o significado dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos e possa ter acesso a um acervo histórico bastante rico e instigante. Cada peça da exposição traz uma memória. Por meio delas é possível apreender o desenvolvimento tecnológico, as conquistas sociais, momentos históricos e manifestações culturais das mais diversas. Tudo isso tem como fio condutor o esporte e a emoção que ele desperta nas pessoas”, destacou.
Após passar por Belo Horizonte, o museu itinerante seguiu para Juiz de Fora, onde ficou até o último domingo (31). Da Zona da Mata mineira, a carreta foi para o Rio de Janeiro, onde encerra o percurso. Ao todo, dois caminhões de grande porte percorreram 45 cidades, chegando, aproximadamente, a 30 mil quilômetros em dois roteiros distintos. O museu itinerante ficará exposto durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 nos Bulevares Olímpicos Parque Madureira e Porto Maravilha, na capital fluminense.
Com informações do Bradesco Seguros