Cada vez mais eles passaram a ser considerados prioritários e estratégicos dentro do ambiente corporativo.
A concessão de benefícios sociais no mundo corporativo teve origem com a criação da Consolidação das Leis de Trabalho (CLT). Implementada pelo decreto lei nº 5452 de 1º de maio de 1943, ela foi sancionada por Getúlio Vargas, presidente do Brasil na época. Surgia, então, um novo modelo nas relações coletivas e individuais de trabalho. Depois dela, muita coisa mudou como, por exemplo, a regularização da carga horária, a criação do décimo terceiro salário, o direito às férias e a implantação de outros benefícios agregados.
Nos últimos anos, no entanto, estas relações foram se tornando cada vez mais complexas e, com isso, os benefícios se consolidaram como uma moeda de troca efetiva na hora de contratar profissionais e, sobretudo, reter talentos. Com isso, pacotes que contemplam apenas os tradicionais vale-transporte, auxílio alimentação e plano médico-odontológico foram se tornando obsoletos.
Nesse sentido, o que observamos é que, ao longo do tempo, benefícios cada vez mais inovadores vêm sendo incorporados, principalmente aqueles que tangem à promoção da qualidade de vida. Dentro deste contexto, as opções são bastante diversas: vão desde a adoção de programas de combate à obesidade, ao estresse, ao tabagismo, até a disponibilização de massagistas, academias dentro do espaço corporativo e incentivos à prática de atividades físicas fora do ambiente de trabalho: “As companhias têm tratado o assunto como uma questão relacionada aos seus valores”, explica o diretor corporativo, Thiago Pessoa.
De acordo com Pessoa, conceder benefícios traz vantagens tanto para as empresas quanto para os seus colaboradores: “Do ponto de vista empresarial, os resultados financeiros comprovam que este é um caminho a ser seguido. Ao oferecer, por exemplo, um benefício que incentive a prática de atividades físicas, as companhias conseguem, a médio prazo, diminuir os custos com os sinistros dos planos de saúde, por exemplo. Hoje, este é o segundo maior gasto no universo corporativo, perdendo apenas para a folha de pagamento”, informa.
O executivo relaciona, ainda, outras prerrogativas: “Ao aumentar a capacidade física, o colaborador passa a resistir à fadiga e, consequentemente, a outras doenças. E isto está intrinsecamente ligado ao aumento na produtividade do colaborador não apenas dentro, mas também fora do local de trabalho. Além disso, ajuda a reduzir os riscos de acidentes de trabalho, o número de atrasos e faltas e a rotatividade no quadro funcional. Se pararmos para pensar, nós ficamos mais de oito horas por dia, pelo menos durante 35 anos de nossas vidas, trabalhando. Por isso, afirmo sem sombra de dúvidas, que as empresas que se preocupam com a qualidade de vida de seu quadro funcional ganham em tê-los mais felizes e engajados na vida profissional e social”, finaliza.
Fonte: Ativo.com