Gislene Miranda confirma o ditado popular de que “filho de peixe, peixinho é”. Filha de professor de futebol e respirando ares esportivos da Universidade quando criança, a técnica de Divinésia coleciona várias conquistas na modalidade de tênis de mesa, xadrez, futsal e voleibol.
Confira a entrevista completa do Observatório do Esporte de Minas Gerais com Gislene Miranda:
Como você começou a ter contato com o esporte?
O esporte sempre fez parte da minha trajetória. Meu pai dava aulas de futebol de campo e como eu morava em Viçosa, cresci na UFV (Universidade Federal de Viçosa), brincando no Departamento de Educação Física. Acabei seguindo essa área, formando-me em Educação Física na UNIPAC em Ubá. Fui contratada pela Prefeitura de Divinésia, onde participei de vários projetos esportivos. A oportunidade de ser treinadora surgiu após minha formatura. Em seguida peguei um contrato, pois não havia professores para treinar os alunos e eles me pediam muito, então estudava um pouco e ministrava os treinos. Como comecei a participar do JEMG, fui adquirindo experiências em várias modalidades e acabei conhecendo o tênis de mesa.
Existe algum técnico ou técnica que seja um grande exemplo para você?
Busco inspiração na minha infância, que foi a Beth, do Levantamento de Peso, que representou o Brasil nas Olimpíadas. Quando era criança, assistia aos treinos dela no Departamento de Educação Física da UFV. A dedicação dela com os alunos chama muito a minha atenção, ela corre atrás sempre para fazer o melhor para os alunos.
Como você avalia as categorias de base atualmente? Podemos esperar novos talentos surgindo nos próximos anos?
A estrutura do JEMG, por exemplo, é muito boa. Mas a estrutura que temos nas escolas para prepararmos os alunos nem sempre atende. Nós temos muitos talentos a serem revelados na modalidade, mas, talvez se tivéssemos um investimento melhor na estrutura das escolas, haveria uma participação maior e resultados muito melhores.
Quais são suas principais conquistas como técnica?
Ano passado foi a primeira vez que fui aos Jogos como técnica do Tênis de mesa. Levei três alunos na etapa estadual e meu atleta, Pablo, foi campeão. Com essa vitória, fui com ele para a etapa nacional em João Pessoa. Mas tenho também conquistas no xadrez. Geralmente vou muito bem com futsal e vôlei também.
Qual a sensação de ter sido premiada no “Melhores do Ano 2016”?
Foi uma das melhores sensações que eu pude sentir. Nada mais foi gratificante do que essa premiação, pois tem pouco tempo que sou formada. Aqui na cidade fui a única professora a ir nas duas etapas do JEMG, tendo sido um momento muito importante da minha carreira.
Para você o que significa o esporte?
O esporte para mim significa oportunidade. Através dele nós podemos trabalhar tantas coisas dentro da nossa sociedade… podemos dar oportunidade aos nosso alunos, aos nossos atletas.
Um recado para os técnicos que estão iniciando a carreira esportiva
Não é fácil, nada no começo da carreira é fácil. Mas, com o tempo, vamos pegando jeito e cada vez fica mais gratificante, principalmente quando os objetivos são atingidos, quando nossos alunos tornam-se campeões.