Começou o ultimo trimestre do ano e, junto com ele, a corrida desenfreada pelas atividades físicas – especialmente por queimar alguns quilinhos para curtir as férias de janeiro com o corpo mais sarado. A atenção dos “atletas de verão”, porém, deve ser redobrada na hora de escolher uma academia de ginástica: segundo a CREF (Conselho Regional de Educação Física), quase metade dos estabelecimentos da Grande BH encontra-se em situação irregular.
De acordo com a entidade, só 356 das cerca de 650 academias estão regularizadas. A ausência de instrutores graduados e registrados no órgão de classe é o problema identificado com maior frequência nas vistorias do conselho. Outra irregularidade recorrente é a falta da licença de funcionamento concedida pela Prefeitura ou do alvará da Vigilância Sanitária.
O chefe da fiscalização do CREF, Willian Pimentel, admite que boa parte das falhas são de ordem burocrática, mas ressalta que, em ao menos 100 desses estabelecimento, o cliente está exposto a riscos reais. “Não há aparelhos adequados e seguros, nem profissionais capacitados. A vistoria é rigorosa, porque, juridicamente, são estabelecimentos de saúde, com clínicas e hospitais”, conta.
Pimentel ressalta que essas academias continuam funcionando porque o CREF não tem o poder para interditá-las. “Inicia-se um processo administrativo, e ficamos na dependência do Ministério Público suspender ou fechar – e isso demora”, explica. Procurada, a assessoria da Prefeitura não soube informar se houve interdições neste ano.
Por: Cristiano Martins (Metro Belo Horizonte)
Fonte: www.readmetro.com