Quando a oportunidade bate à porta, devemos estar sempre prontos para recebê-la. E foi isso que o jovem técnico do Atletismo Iagor da Paixão, de Lagoa da Prata, fez. Substituindo seu próprio técnico em uma competição, o rapaz tomou gosto pela função, compondo, inclusive, os Melhores do Ano 2016.
Confira a entrevista completa do Observatório do Esporte de Minas Gerais com Iagor Alexandre da Paixão:
Como você começou a ter contato com o esporte?
“Inicialmente meu treinador convidou-me para entrar no atletismo. No início eu não leva a sério, porque não conhecia o esporte. Mas depois fui tomando gosto e fui ficando. Fiz curso superior de Educação Física e, como tinha amor pela modalidade, continuei.”
Há algum técnico ou técnica que seja um grande exemplo para você?
“Sim, meu treinador Abel. Eu me inspiro nele porque nas dificuldades que passamos aqui de estrutura e materiais ele faz milagre para nós.”
Como você avalia as categorias de base atualmente? Podemos esperar novos talentos surgindo nos próximos anos?
“Talentos temos sim, mas falta muita oportunidade por conta de falta de estrutura, não só na base, mas para os atletas em geral do Atletismo. Eu acredito que dão muito mais valor ao esporte coletivo, você pode perceber na TV, quando passam um jogo completo de futebol e vôlei e passam minimamente algo sobre atletismo.”
O que significa o esporte pra você?
“Pra mim, que sou apaixonado pelo esporte, significa superar limites, desafiar a si próprio. É satisfação, prazer, tudo.”
Qual a sensação de ter sido premiado no “Melhores do Ano 2016”?
“Eu fiquei muito feliz porque no início do ano sofri um acidente nos treinamentos e quebrei a perna, com isso fiquei um ano sem treinar. Esse tempo parado deu-me oportunidade de ser técnico e obter mais essa conquista.”
Quais são as suas principais conquistas como treinador?
“Foram as vitórias no JEMG do ano passado, com os meninos do módulo I vencedores no dardo, arremesso de peso e disco.”
Um recado para os técnicos que queiram iniciar carreira no esporte ou que estão começando.
“Nada é fácil, não é? Mas nós temos que persistir, ter determinação para correr atrás. Tem que ter foco, não deixar a carreira subir à cabeça. Humildade e pés no chão sempre.”