As dúvidas são parecidas, até mesmo eu, pai de novo e avô, me fiz perguntas, devo estimular esportes? Desde quando? Qual o melhor esporte? Quais os cuidados gerais? Será que devo acompanha-lo? Posso torcer e até “brigar” por ele? Inúmeras pesquisas recentes demostram que as doenças dos adultos tem o início de seu desenvolvimento na infância e uma das principais ações para controla-las é a atividade física regular desde cedo. A mais precoce e interessante delas é a natação! Aprender a nadar, além de útil, traz de volta a memória profunda de uma criança, do tempo em que estava na barriga da mãe, num meio líquido e aquecido.
Devemos estimular a atividade física o mais cedo possível, porém na primeira infância serão práticas lúdicas e livres. Nada de competições com cobranças! Todos ganham medalhas e se divertem.
Evidente que se faz necessária a consulta prévia com o pediatra, aliás, um atestado médico detalhado é exigência de várias escolas para as aulas de educação física, natação e de escolinhas de iniciação esportiva. Os cuidados gerais valem até para o material esportivo. Nunca improvisar e dar claras orientações quanto à higiene, principalmente das meninas.
Em exames rotineiros de jovens atletas, detectamos um número elevado de infecções urinárias e de fungos genitais, provavelmente por terem o hábito de deixar seus maiôs úmidos no armário do vestiário. A reposição hídrica deve ser basicamente de água ou sucos, nunca utilizar isotônicos para crianças (isso consta no rótulo).
Acompanhamento e torcida, esse é um assunto difícil de abordar, estar junto é o ideal sempre, até para lhes ensinar a manter um bom comportamento esportivo/social e a maioria adora ver os pais. Nos esportes coletivos a responsabilidade é compartilhada na derrota ou na vitória e isso é ótimo para a sociabilização da criança. Se escolheu esporte individual, é importante agregar um coletivo para sua formação humana e esportiva.
Agora torcer é um tabu! Raros pais deixam de se empolgar e infelizmente muitos passam a “cobrar” desempenho perfeito do filho(a), qualquer erro vira uma tempestade familiar. O pior exemplo é na decorrência da disputa ocorrer uma falta, por exemplo, não tem sido raro pais virarem feras agressivas contra o faltoso e daí desencadear uma briga na torcida num terrível mal exemplo. Vamos incentivar as nossas crianças para o esporte, mas saudável e com “fair-play”.
Notícia publicada no Portal Globo Esporte