Pouco conhecida entre os corredores, a síndrome da plica sinovial pode ser uma das muitas complicações que podem causar dores no joelho. O problema é decorrência de uma dobra ou excesso de membrana que envolve a articulação da região e que, por conta do esforço repetitivo, pode vir a inflamar.
O nome da síndrome faz referência à articulação do joelho, chamada sinovial, que é revestida por uma membrana responsável por lubrificar a articulação e reduzir o atrito. Já a plica (ou dobra) é um resquício embrionário, uma vez que essa sobra de membrana deveria ser absorvida pelo organismo durante a formação do feto.
Apesar de quase todas as pessoas terem essa “sobra” de membrana, apenas poucas delas desenvolvem a síndrome. De acordo com o ortopedista Marcio Ferreira, esse excesso da membrana pode ocorres em três regiões da articulação do joelho: suprapatelar (acima da patela), mediopatelar (na parte medial do joelho) e infrapatelar (abaixo da patela): “Esse resquício não traz consequência alguma em duas dessas áreas, porém, quando é na parte medial, ele pode gerar algum problema”, explica.
Segundo o especialista, mesmo tendo a plica nessa região do joelho, a pessoa pode chegar a nunca sentir dor: “O que vai determinar isso é a espessura e a quantidade de membrana extra que ela tem. Além disso, a prática de atividades repetitivas, como a corrida, que exige muito da articulação do joelho, podem vir a inflamar ou atrofiar essa membrana”.
O tratamento, contudo, é simples. Em um primeiro momento, é preciso de repouso e anti-inflamatório. Passada esta fase, é preciso investir no alongamento dos músculos posteriores de coxa e do ligamento retinacular, que fica nas laterais da patela; e também no fortalecimento de quadríceps.
Exercícios de Alongamento
São indicados porque o encurtamento da musculatura do quadríceps (anterior da coxa) e dos músculos isquiotibiais (posterior da coxa) aumenta consideravelmente a pressão na articulação femuro-patelar, mantendo assim o pinçamento desta plica.
Exercícios de fortalecimento
No início, recomenda-se fazer esses exercícios de forma isométrica, buscando o equilíbrio entre a musculatura anterior e posterior da coxa; depois, estes devem ser executados de forma dinâmica, porém sendo realizado nos últimos 30 graus de amplitude, já que nesta angulação evita que a plica seja pinçada.
Fonte: Ativo.com