Minas Gerais é a capital do voleibol. O Estado tem tradição de exportar vários jogadores, que, atualmente, defendem a seleção brasileira. Pelo masculino, destacam-se o ponteiro Lucarelli e o central Maurício Souza, enquanto pelo feminino, podemos contar com a também central Juciely, a ponteira Gabi, a oposto Sheila, além da central Adenízia e de Fabizona, assunto do Observatório do Esporte de Minas Gerais recentemente. Todos estes atletas estão presentes nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016.
Voleibol Masculino
Antes de chegar ao voleibol, Lucarelli se aventurou no futebol, basquete, handebol e natação. Só conseguiu firmar na modalidade, depois de um ultimato do pai, uma vez que o ponteiro apenas “brincava” de jogar vôlei no Grêmio Tutão. O jogador se profissionalizou e atuou pelo Méritus, de Contagem. Pouco tempo depois o atleta mineiro chamou a atenção do Minas Tênis Clube.
Esta será a primeira Olimpíada de Lucarelli, já que em 2012 acabou sendo cortado da lista do técnico Bernardinho e assistiu os jogos das arquibancadas. Quatro anos depois, o ponteiro é o principal jogador do atual elenco.
De servente de pedreiro a central da seleção brasileira: este é o resumo da vida de Maurício Souza. Nascido em Iturama, no Triângulo Mineiro, o central ajudava a família trabalhando no setor de construção. Fazia massa, rejunte, lixava parede, além de ter exercido a função de entregador de jornal e engraxate. O jogador conheceu o vôlei após ter visitado o ginásio municipal.
Após ser reprovado em vários testes, Maurício pensou em desistir, mas o irmão não deixou e o jogador seguiu em busca do sonho. E deu certo. Em pouco tempo, o central jogou em São Paulo, além de ter atuado na Turquia, seleções de base, até chegar ao profissional. Assim, Souza conquistou a confiança de Bernardinho e cavou uma vaga entre os 12 atletas inscritos para a disputa da Rio 2016.
Voleibol Feminino
Ao contrário de muitos atletas que iniciam suas trajetórias nas categorias de base, a central Juciely entrou, aos 17 anos, logo em uma equipe profissional, quando um olheiro a levou para um clube de Ipatinga. A jogadora, nascida em João Monlevade, teve dificuldade para aprimorar os fundamentos e cogitou a abandonar a carreira, mas, 17 anos depois, tudo mudaria e a jogadora chegaria a defender a seleção brasileira, diante de sua pátria, na Rio 2016.
Com 1,80m de altura, a ponteira Gabi é a “baixinha” do elenco de José Roberto Guimarães e a caçula do grupo. No entanto, o potencial da atleta, de 22 anos, nascida na capital mineira, é gigante. A jogadora praticou natação, tênis e futebol, mas foi no voleibol que se firmou. Passou pelo Mackenzie, onde se destacou e foi chamada para às seleções de base. Assim que voltou, Gabi se transferiu para o Rio de Janeiro, continuou evoluindo e acabou na seleção brasileira principal.
Bicampeã olímpica e um currículo extenso de títulos pela seleção brasileira: Sheila Castro é um dos pilares do elenco comandado por José Roberto Guimarães. A oposto teve o primeiro contato com o esporte ainda no colégio, em Belo Horizonte, quando fez parte do time oficial. Pouco tempo depois, influenciada pelo seu treinador, Sheila atuou pelo Mackenzie, até chegar ao Minas, nos anos 2000. Assim, a jogadora passou pelo voleibol italiano, turco, além do paulista e carioca.
De Ibiaí, no norte de Minas, para o mundo! Adenízia, campeã olímpica em 2012, começou a vida superando a morte da mãe. Aos dez anos de idade, a jogadora foi descoberta por um olheiro e passou a fazer parte do Clube Filadélfia, se transferindo, um ano depois, para o voleibol capixaba. A central passou 15 anos atuando no Osasco e, recentemente, acertou com o Savino Del Bene Volley, da Itália. Adenízia está com a seleção brasileira desde 2005.
Com informações do Uol, Terra, Jornal Extra, Globoesporte.com, Portal EBC, Portal Ídolos Eternos